Olá! Seja bem-vindo(a) ao blog INSANOS CAMINHOS. Aqui tu vais poder ler e conhecer os textos, poesias e versos livres que escrevo de 1998 até os dias de hoje. Desde já agradeço a tua visita e fiques a vontade, pois estes versos fazem parte de minha literatura, com isso não pertencem a mim e sim aos leitores. Grato!! Fábio Zündler.

Poesia classificada no Prêmio Poetize 2015 da Editora Vivara.

A poesia "Um dia estranho" foi classificada entre 2.420 poesias, juntamente com mais 249 poesias. Em breve será lançada em um livro coletânea do concurso, editada pela Editora Vivara.



Um dia estranho

Hoje logo cedo ao entrar no banho
junto com a água caiu uma percepção,
que se tratara de um dia estranho,
ainda não sei porque de tal concepção.

Quem sabe no romper da melancolía,
no transcorrer das horas, venha ter uma epifania.
Talvez nas palavras de uma jovem senhora,
que louca, joga besteiras da boca para fora.

É sempre assim, que picardia,
ainda acabo com essa mania,
de deixar a água que escorre sobre mim
misturar-se com os pensamentos e mudar meu dia.


Fábio Zündler

Poema penado



Hoje abri meu livro de poesias,
notei que aquele velho poema
não mais existia.

Até ontem estava grafado na página 3!
Eram versos moribundos
mas nunca deixei de lê-los.

Era como se fosse aquele ancião,
que todos respeitam por seus conhecimentos.
Versos antigos,
porem nunca esquecidos.

Preocupa é que tais versos
tenham partido se achando ultrapassados.
Fiz esses versos em uma noite fria de inspiração,
reconheço que eram mal-acabados.

Foi sem se despedir...
Não deixou uma estrofe se quer,
sem rastros de recitação.

Será que existe céu de poesias
ou virou um poema penado?

F. Zündler
3.11.2015

Bom p'ra morrer!



Julho, é um bom mês para morrer!
Pensando bem sempre que repouso,
meus pés endurecem de tão frios.
Melhor esperar aquecer.

Janeiro sim, é um bom mês para morrer!

Refletindo bem, é pior.
Sempre que deito começo a suar.

Melhor esperar,

melhor esquecer.

F.Zundler
6/15

imprevisibilidade a anunciação


"A imprevisibilidade da morte 
é o que mais me assusta na vida,
ainda assim prefiro-a  
do que tê-la anunciada."

F. Zündler 4/2015

Amargo



















Um novo alvorecer surge na cidade,
que outrora brotava umidade.
Mofadas paredes descascadas,
imaginava-me singrar em cascatas.

A tarde compassível,
nem sempre compreensível,
encardia o horizonte.
Enquanto sorvia o amargo,
procurava algum sentido
no que parecia perdido,
porem não comedido.

Meu último mate foi - enternecido,
como poesia incompleta, sem Rimas.
Meu último mate foi - encarecido com lágRimas.

Fábio
03/2015

inquietude


É puro lamento
o habitué dos pensamentos.
A saudade já é pertencimento.
A alma permeia pela inquietude.
Regozijo-me em tudo que é rude,
enquanto habito tudo aquilo que aludo.

Fábio Zundler
02/2015